UMA PEQUENA REFLEXÃO QUE NÃO ARRANCA PEDAÇO

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É isso o que eu quero e mais preciso: redimensionar a tentativa de existir diante da realidade desnorteada. Transformar limões em limonadas e que o coração não se transforme num grão de ervilha. Saber recomeçar em frente ao espelho, organizar as próprias feridas, domesticar, se possível, a urgência de não enlouquecer, correr sem rumo nas ruas e não deixar que os sentimentos que nos salvam sejam pisoteados por abutres, algozes, gente hipócrita. Somos muito pouco, somos um mero suspiro no planeta. Somos palhaços se equilibrando numa corda bamba. Não há rede de proteção que nos segure. O limbo nos engole e nos regurgita.

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